O que é “O Agente Secreto”
O Agente Secreto é um filme brasileiro de 2025, escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, com coprodução internacional (França, Holanda e Alemanha).
A obra mistura drama, suspense e thriller político, ambientada no Brasil de 1977, num contexto de repressão e medo durante a ditadura.
Na narrativa, o personagem principal, Marcelo (vivido por Wagner Moura), é um especialista em tecnologia que foge de um passado violento. Ele chega a Recife durante a semana de Carnaval, na esperança de recomeçar, mas logo descobre que a cidade não será o refúgio que ele imaginava: seu passado o persegue, e o perigo — tanto político quanto pessoal — se faz presente.
O filme tem duração de cerca de 2h40min (158 minutos) e classificação indicativa de 16 anos.
Elenco e equipe principal
Entre os nomes de destaque do filme:
- Wagner Moura como Marcelo — o protagonista em busca de refúgio e paz.
- Outros nomes do elenco: Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Udo Kier, Thomás Aquino, entre outros.
- Direção e roteiro: assinado por Kleber Mendonça Filho.
- Produção/produção executiva: coprodução Brasil-França-Holanda-Alemanha, distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes.

O que faz “O Agente Secreto” se destacar
🔹Crítica e aclamação internacional
- O filme estreou no Festival de Cannes de 2025, onde foi aplaudido de pé e premiado: o diretor Kleber Mendonça Filho levou o prêmio de Melhor Direção, e Wagner Moura foi premiado com Melhor Ator.
- Além disso, alcançou 100% de aprovação no site de críticas especializadas Rotten Tomatoes.
🔹 Representatividade e identidade nacional
O filme mergulha no Brasil dos anos 70 — com retrato sensorial da época — ruas, clima, sons, tensões políticas. A ambientação, a direção de arte e a trilha sonora ajudam a construir esse retrato histórico, carregado de realismo e memória coletiva.
🔹 Temática forte: passado, memória e opressão
Apesar do título, o filme não trata de espionagem no sentido clássico — “agente secreto” aqui funciona como metáfora de uma pessoa comum tentando sobreviver e esconder um passado sob regime repressivo. A produção lida com medo, vigilância, perseguição política e o trauma de quem viveu esse período do Brasil.
🔹 Mistura de gêneros que agrada públicos diversos
“O Agente Secreto” combina drama intenso, suspense, crítica social e reflexões históricas — ideal para quem busca um filme com profundidade, contexto político e peso emocional, sem abrir mão da qualidade cinematográfica.
Premiações, indicações e relevância
- Representou o Brasil como candidato ao Oscar 2026, na categoria de Melhor Filme Internacional.
- Saiu do Cannes 2025 premiado: Melhor Direção e Melhor Ator.
- Aclamado pela crítica especializada, com 100% no Rotten Tomatoes.
Isso coloca “O Agente Secreto” não apenas como um dos filmes brasileiros mais comentados de 2025, mas como uma obra de destaque internacional.

Pontos de atenção — quem deve assistir com expectativa realista
- A narrativa pode ser considerada lenta ou densa para quem espera ritmo acelerado ou ação contínua. Algumas críticas mencionam que o filme exige paciência para absorver suas camadas de contexto, história e simbolismos.
- A temática pode ser pesada — trata de repressão, medo, passado traumático. Não é um “filme leve”, mas sim um convite à reflexão.
- Por se tratar de um retrato histórico e introspectivo, algumas partes da trama podem parecer mais simbólicas do que explicativas — isso pode exigir do espectador mais atenção e sensibilidade.
Para quem “O Agente Secreto” é ideal
- Quem aprecia cinema de autor, com densidade narrativa e contexto histórico.
- Quem valoriza filmes que misturam arte, memória e crítica social.
- Quem gosta de atuações fortes e direção de destaque — especialmente admiradores de Wagner Moura.
- Quem busca um filme brasileiro contemporâneo que converse com o presente a partir do passado.
Conclusão
“O Agente Secreto” é mais do que um thriller — é um retrato poderoso da memória, da dor e da resistência. Com direção certeira de Kleber Mendonça Filho e atuação marcante de Wagner Moura, o filme se inscreve entre os grandes lançamentos do cinema nacional recente. Para quem está aberto a mergulhar em uma narrativa densa, sensorial e histórica, vale muito a pena — ele reafirma a força e a relevância do cinema brasileiro no mundo.